Ser a primeira mulher vendedora do Grupo Utam não foi - e nem é - pouco para Marli Ribeiro Molina Pires, 55 anos, mulher que tem sua força, alegria e determinação forjados em meio a dores que foram significativas na sua trajetória de vida. Há 22 anos compondo a equipe de colaboradores da empresa, Marli passou boa parte desse tempo como promotora de vendas, até ver um novo horizonte profissional se abrir para ela.
Sempre apresentando novas ideias e se dispondo a ousar na originalidade, Marli levava a marca Utam para qualquer lugar pensando ou impensados. Sua criatividade na montagem dos pontos de vendas sempre foi marcante. Ela sempre buscou temas contemporâneos para fazer verdadeiras maquetes no PDV. Chegou a fazer, em época de copa do mundo, um verdadeiro campo de futebol usando apenas os produtos da empresa. “Sempre vesti a camisa Utam e é uma alegria quando as pessoas da minha cidade me abordam e falam que foi bom me ver porque querem comprar café”, entrega, toda feliz.
A cidade comentada é Pontal, onde Marli mora, trabalha, cativa clientes e ganhou o carinhoso apelido de “A Moça da Utam”, que ela acatou com orgulho e foi, também, acolhida pela empresa quando sua força foi colocada à prova. Primeiro, quando perdeu o marido em um acidente, há 11 anos. Depois, a descoberta de um câncer. “Nesses momentos, vemos como é bom trabalhar com algo que te proporciona ir além da venda e fazer amigos. Além da Utam, toda a população de Pontal me acolheu”, conta, expressando gratidão.
Alegria após a dor
Viúva aos 44 anos, com dois filhos pequenos, Marli Ribeiro Molina Pires percebeu que as doenças e as más notícias não vêm para derrubar, mas para ensinar. “O câncer me mostrou que quem havia morrido era meu marido, não eu. Estava viva e precisava reencontrar a alegria de viver. Então, digo que essa doença não me fez ficar doente, ela me salvou”, declara.
O renascimento após o luto e a enfermidade ganhou força com a oportunidade de passar de promotora a vendedora da Utam, sendo a primeira mulher a abrir essa porta na empresa. “A Utam me deu todo suporte com treinamentos. Digo até hoje que não sou vendedora, mas que estou vendedora. São seis anos nessa função e acho que a aposta da diretoria deu muito certo”, fala, com a segurança de quem sabe a dedicação que empenha.
Para dar conta do recado entre a vida profissional e pessoal, Marli não se aperta e busca soluções. Uma delas foi ter uma ajudante em casa. “Fico muito tempo fora e minha mãe tem Alzheimer. E, todo dia, cuidar de uma pessoa com essa doença é um aprendizado”, conta.
Ela também deu a volta no preconceito de gênero. “No início, fui, sim, um pouco rejeitada pelos meus colegas de função do sexo masculino e vivi situações difíceis, como tentar conversar com eles e ser recebida pelas costas. Tive vontade de abandonar o trabalho, mas, graças a Deus, hoje os outros vendedores são meus amigos”, comemora.
Com 1,5m de altura e dona de voz potente, Marli se sente orgulhosa por ter sido pioneira de um caminho ainda em construção e quem tem muito a crescer. “Os homens ainda são a maioria dentro da empresa e fico muito contente em ter conseguido esse algo a mais para as mulheres ali”, pontua.
A chegada de Marli ao quadro de vendedores foi um divisor de águas dentro da empresa. Hoje, outras vendedoras estão por aí, trabalhando e provando que a capacidade não depende do sexo da pessoa e sim de seu empenho e vontade de vencer.
Publicado em: 18/03/2022 por Café UTAM S.A.