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Mais café, por favor!

O tal efeito revigorante da cafeína no organismo é comprovado por muitos coffee lovers e cada vez mais, de todas as idades. O café, que sempre foi uma das bebidas mais amadas pelos brasileiros, tem crescido no gosto popular – principalmente neste período de pandemia do novo Coronavírus. É o que apontou a Pesquisa da Abic (Associação Brasileira da Indústria de Café), efetuada em abril deste ano, com indicativos de que houve aumento de 35% no consumo do produto no mês de março.

Os motivos são vários, segundo Noel Antônio de Lima, classificador e degustador de café do Grupo Utam. Para ele, o fato das pessoas estarem mais em casa é um dos principais motivos para este crescimento no consumo. Mas, arrisca a analisar que, outras questões que envolvem um misto de sentimentos nesta quarentena estimulam a vontade de beber café, como ansiedade, medo, o cenário de incertezas e também outras sensações que  envolvem o emocional e o sentido do paladar.

Noel, que trabalha na função de degustador há 43 anos e há 26 na empresa, diz conhecer na prática esse mágico efeito da cafeína, que ele define como uma substância que “quebra” a tristeza e, vivencia diariamente o efeito que ele classifica como um impulso para deixá-lo  ativo e com uma atitude mais positiva diante dos desafios da vida. Na prática, ele já nem sabe mais falar quantas xícaras de café bebe por dia, mas assegura: são várias, além do trabalho de degustação, que o conecta ainda mais com a bebida, isso independente do processo da degustação, pois o trabalho não gera ingestão do café e sim o olfato da fragrância e percepção do produto no paladar.

Dose extra de saúde

Mas quais são de fato, as substâncias que compõem o café e por que trazem sensações que podem ser revigorantes para muita gente?  Difícil quem não concorde que uma xícara de café desperta logo pela manhã e ajuda a dar mais ânimo para sair de casa, enfrentar o trabalho, a aula na escola e outros momentos, como o pré-treino de atividades físicas ou até o coffee break em grandes eventos de conhecimento ou corporativos, sempre com intervalos para um café quente e a percepção de trazer de volta a atenção dos participantes.

Segundo a nutricionista Ana Paula Tonissi, são vários elementos que, juntos, se harmonizam e trazem um sabor que funciona como um importante aliado na sensação de bem-estar, que chega a ser reconfortante, integrativa e tonificante. Ela explica que o café é mais rico em minerais do que bebidas isotônicas; contém ácidos clorogênicos, antioxidantes naturais, que formam os quinídeos no processo adequado de torra e também a vitamina B e esclarece que pesquisas mostram que, essas substâncias são preventivas (antes da doença se instalar) – principalmente as do sistema nervoso, como Alzheimer e Parkinson. “Nestes casos, o consumo da quantidade indicada é  de 3 a 4 xícaras de café por dia”. Para a nutricionista, os benefícios do café são muitos e não se esgotam nos estudos já efetuados.

Outros elementos positivos para o organismo e que estão na base do café são os antioxidantes. “Eles  melhoram  a liberação de radicais livres que acontecem no corpo, já que, com o envelhecer,  vamos produzindo muitas substâncias que são  oxidativas. Esses radicais livres vão danificando as nossas células”, esclarece. Desta forma, conforme o ser humano vai envelhecendo chega a ter necessidade de repor algumas substâncias, que podem ser mantidas com bons índices, ao se tomar café. Os antioxidantes da bebida atuam como um fator rejuvenescedor para células humanas.  

As substâncias antioxidantes presentes no café também têm um alto poder de ativador de ânimo e, por isso o café serve  para ser usado em situações como pré-treino, momentos de estudos, tarefas mais desafiantes no trabalho e na vida pessoal. “Isso porque ele aumenta a parte da concentração; dá disposição e melhora o ânimo”. A nutricionista indica que uma xícara de café (cerca de 80 miligramas de cafeína), é a quantidade perfeita para gerar esse estímulo sem causar nenhum prejuízo à saúde. Já que é ainda comprovado que o café melhora a concentração.

Outro ponto positivo da cafeína na avaliação da nutricionista é sua característica de prevenir a depressão, principalmente a feminina e também atua para evitar o estresse, a ansiedade e outras questões emocionais. E quem diria, Ana Paula, revela que a cafeína é excelente para um temido problema estético para as mulheres: as celulites.

O café nas refeições

A especialista confirma que o consumo do café é adequado no café da manhã – uma das mais importantes refeições e, nos lanches ao longo do dia. Ela recomenda o consumo com equilíbrio, como indica para outros alimentos:  uma xícara no café da manhã, uma no lanche da manhã e outra no lanche da tarde, é na opinião dela, o consumo ideal. “Esses são os melhores horários, pois ficam longe das refeições principais e não atrapalham de forma alguma a absorção de nutrientes importantes”.

Já nas refeições principais, como almoço e jantar, ela diz que o mais apropriado para quem tem este hábito é sempre aguardar uma hora para tomar o café, como qualquer líquido. E garante: é justamente naquele momento que a maioria das pessoas têm vontade de comer doce”. Portanto, escolher esse horário para degustar uma xícara é uma tática para eliminar o consumo excessivo de doces. “O ideal seria tomar o café sem açúcar, porque uma xícara de café tem de duas a três calorias apenas, mas claro, sem açúcar.  É ótimo, porque mata aquela vontade de comer um docinho tão comum após um certo tempo das refeições principais”, conclui.

  

Publicado em: 21/07/2020 por Café UTAM S.A.

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