Noticias

Cientistas de Campinas pesquisam café que nasce sem cafeína

Para as pessoas que mantêm dietas restritas de cafeína ou mesmo são intolerantes, aqui vai uma notícia animadora. A pesquisadora Maria Bernadete Silvarolla, do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), trabalha há 20 anos para desenvolver uma muda de café que tenha, naturalmente, baixíssimo teor de cafeína, desde a fase do cultivo.

Desse modo, o fruto não precisaria passar por diversos processos químicos que reduzem o teor da substância, que pode afetar, ainda, o aroma da bebida. Mas segundo a pesquisadora, uma pesquisa como essa, requer um longo período até que consiga a viabilidade comercial. “Diria que estamos mais ou menos no meio do caminho”, disse ela ao GLOBO.

As plantas que deram origem à pesquisa são de sementes da Etiópia, trazidas ao Brasil em 1963. Entre mais de 2 mil pés de café etíopes, foram encontrados, três com teor de cafeína de 0,07%. O café descafeinado tem até 0,10% do componente, e o tradicional, mais de 1%.

O problema é que apenas três plantas, não garantem a viabilidade comercial dessa descoberta. Era preciso gerar mudas que pudessem atender às fazendas produtoras. Para resolver este problema, em 2003, teve início o cruzamento dessas plantas de baixo teor de cafeína com sementes de café tipo arábica, já comercializados.

Mas em meio a solução, surgiu um novo problema. Entre o plantio e o nascimento dos primeiros frutos, são necessários seis anos. E somente após sete gerações de cruzamentos é possível dizer que a planta já tem uma uniformidade genética estabelecida, ou seja, não deverá mais sofrer alterações de padrão. Outro obstáculo, é que esse café, caso seja comercializado, terá características mais parecidas como que é cultivado na Etiópia, ou seja, um sabor e aroma mais floral e frutado, diferente do que é cultivado no Brasil.

Fonte: Abic / Adaptado por Verbo Nostro Comunicação Planejada

Publicado em: 26/04/2019 por Café UTAM S.A.

Ultimas Notícias