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Café nosso de cada dia

Com um crescimento do consumo interno de 4,8% no ano passado, o maior desde 2006, e a tendência é que este índice avance nos próximos anos, fica evidente o hábito do brasileiro de tomar café. Neste 14 de abril, Dia Mundial do Café, o portal Utam faz uma breve viagem à história do café para resgatar o quanto essa bebida se identifica com os valores e o gosto do povo brasileiro.

O consumo da bebida, que é uma das preferências em diferentes gerações, tem sido crescente atualmente. E não é por acaso que nos referimos a refeições importantes, como café da manhã e café da tarde. Tomar um café tem um sentido especial: dar uma pausa na correria, ter um tempinho para refletir um pouco ou conversar com amigos. O próprio em termo inglês coffee break traduz esse significado: “pausas para café”.  

Mas de onde vem esse costume que virou tradição no país? Tudo indica que ele surgiu há três séculos atrás. Foi no século XVIII que as primeiras mudas de café foram plantadas em 1720, na província do Pará. O idealizador, que trouxe as primeiras sementes para o Brasil, foi Francisco de Melo Palheta, após uma viagem à Guiana Francesa. Mas a bebida já era consumida desde a Antiguidade, quando os habitantes da Etiópia, na África, passaram a conhecer a planta. Depois disso, persas e árabes entraram em contato com esse hábito de consumo, passando a ser cultivado em várias partes do mundo, como o Brasil.

Relatos e registros históricos apontam que alguns setores da sociedade europeia possivelmente passaram a beber café depois do século XVII, hábito que se expandiu rapidamente pelo continente. Esse aumento de consumo na Europa e depois, consequentemente, nos EUA explica até certo ponto, o crescimento da produção do café no Brasil, a partir do início do século XIX.

As primeiras grandes lavouras de café surgiram na Baixada Fluminense e no Vale do Rio Paraíba, no Rio de Janeiro e São Paulo. O solo e o clima brasileiros favoreceram a produção, que se destinava a atender a demanda do consumidor europeu e norte-americano.

A força econômica

A partir de 1837, o café tornou-se o principal produto de exportação do Brasil Imperial. Os altos lucros vindos da sua exportação enriqueceram os grandes fazendeiros, os chamados “Barões do Café” e sustentaram financeiramente o Império brasileiro.

Por conta desta trajetória do cultivo que expandiu sua abrangência e proporção, a sociedade brasileira ganhou impulso e modernização, graças aos lucros obtidos com a exportação do produto. Por força deste crescimento gradativo, algumas ferrovias foram construídas para transportar de forma mais rápida o café das fazendas para os portos, principalmente o Porto de Santos, em São Paulo.

O café foi a principal mercadoria da economia brasileira até a primeira metade do século XX, quando a industrialização foi intensificada e o produto ganhou solidez no cenário econômico. Neste contexto, a cidade de Ribeirão Preto, no interior paulista, onde está situada a matriz do Grupo Utam, foi uma das principais cidades cafeeiras do Estado. A atividade agrícola do produto passou a ser na época intensiva da cidade e a partir de 1870 a região foi situada como o centro da nova fronteira agrícola a ser explorada. A marcha dos plantadores de café, sentido à região da Alta Mogiana foi gradual. Alguns proprietários de terras na cidade começaram a formar seus cafezais.

“A produção do café é um marco na história de Ribeirão Preto, pois foi a primeira atividade agrícola, introduzida por famílias de fazendeiros que vieram de outras regiões”, explica a diretora da Utam, Ana Carolina Soares de Carvalho.

Com a atividade agrícola focada no café, a cidade viveu anos de glória e escreveu um capítulo na história deste produto 100% brasileiro. Mas a crise econômica mundial de 1929 desacelerou a fase próspera do café na região, dando espaço para outras culturas, como o algodão e frutas e mais tarde para a reintrodução da cana-de-açúcar.

A cidade voltou a ser ícone do café, no final da década de 60, quando várias torrefações se uniram para formar a empresa denominada União dos Torrefadores da Alta Mogiana (em 1969), a origem embrionária da Café Utam. “Naquele momento, a estratégia dos fundadores era lançar uma única e forte marca”, conta Ana Carolina. E deu certo.

Dentro destes quase 50 anos de história, a Utam evoluiu conforme os sinais do mercado, movida por uma gestão empreendedora e pioneira, focando sua produção nos produtos clássicos até desenvolver tecnologias para garantir a produção de cafés especiais e chegar nos últimos anos à produção de cápsulas monodoses. Essa trajetória comprova que o modo de tomar café pode evoluir, tornando mais prático, mas um ponto é evidente: sempre sem perder a qualidade.  

Hoje, a bebida está na mesa de todos brasileiros, de um jeito ou de outro. Neste dia 14 de abril, nosso cafezinho merece um brinde especial!

Quer saber mais sobre a história de café em Ribeirão Preto, acesse aqui:

http://grupoutam.com.br/noticias/ribeirao-preto-um-pouco-da-historia-do-nosso-cafe

Publicado em: 14/04/2019 por Café UTAM S.A.

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